Yossi Lapid" |
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O antissemitismo é novamente politicamente correto A flotilha de Gaza foi uma peça de teatro islâmica perfeita, revelando um antigo ódio europeu. Por: Leon de Winter* É um fenômeno fascinante: Por que as pessoas e organizações que se apresentam como progressistas se unem a muçulmanos reacionários? O grupo “Free Gaza” se mostra apenas como uma aliança de esquerda islâmica. Bem, Gaza já está livre. Israel retirou-se da estreita faixa há cinco anos. E também não há necessidade de qualquer ajuda humanitária. Mais de um milhão de toneladas de suprimentos humanitários entrou em Gaza proveniente de Israel nos últimos 18 meses, o equivalente a quase uma tonelada de ajuda para cada homem, mulher e criança na região. Mas a população de Gaza votou em eleições democráticas para serem governados por um partido cujo ódio aos judeus é a pedra fundamental da sua existência. Qualquer um que duvide disso deve ler o manifesto do Hamas na Internet. O fato de que Gaza está completamente "livre de judeus" não é suficiente para o Hamas. Eles querem que Israel também seja "livre de judeus". O bloqueio de Israel para "produtos estratégicos" não foi concebido para punir o povo palestino, mas para impedir o Hamas de obter armas pesadas e construir abrigos subterrâneos. Uma idéia simples de entender. Por exemplo, ao contrário de Gaza, a Chechênia não é livre. Os russos esmagaram a luta pela independência dos chechenos com o bombardeamento intensivo de sua capital. E o que dizer de um estado curdo? Os turcos e iraquianos infligiram horrores inimagináveis contra os curdos. No entanto, apesar disso, não há a “Flotilha Livre do Curdistão” indo em direção a Turquia, e as autoridades russas não têm medo de serem presas em capitais européias por crimes de guerra. Aqui estão mais alguns fatos. Vamos observar a taxa de mortalidade infantil em Gaza. Este é um número chave, que diz muito sobre as condições de higiene, nutrição e cuidados com a saúde. Em Israel, a taxa de mortalidade infantil é de 4,17 por 1.000 nascimentos, o que é aproximadamente o mesmo que nos países ocidentais. No Sudão a taxa é de 78,1, ou seja, uma em cada 13 crianças morrem ao nascer. Em Gaza, a mortalidade infantil, por 1.000 nascimentos é 17,71. Sim, este número é maior do que em Israel, mas muito menor do que no Sudão. E a taxa de mortalidade infantil da Turquia? Bem, isso é 24,84. Sim, mais crianças morrem ao nascer na Turquia do que em Gaza. Aqui está outro fato. A expectativa de vida é 73,68 anos em Gaza. E na Turquia, novo protetor de Gaza, a expectativa de vida é de apenas 72,23 anos. Se os israelenses realmente queriam tornar a vida dos palestinos curta e desagradável, então eles estão obviamente fazendo algo errado. Os progressistas não ligam para qualquer outro grupo de muçulmanos pobres ou oprimidos. Eles só clamam pelas "vítimas" dos judeus. Por que isso acontece? Uma das razões é Yasser Arafat, cujo gênio foi redefinir a causa palestina na retórica neo-marxista e antiimperialista. Ele criou um novo contexto para o seu povo: a luta contra o colonialismo e o racismo. Ele era um líder corrupto clássico com um talento incrível para jogar com a mídia e os políticos ocidentais. Os progressistas adotaram os palestinos como seus favoritos, a vítima quintessência do imperialismo e do colonialismo, como resumido pelo estado sionista. Mas há outra razão pela qual os progressistas ocidentais odeiam Israel, mas são indiferentes para as violações dos direitos humanos na Turquia, Irã ou Rússia. Isto por causa do Holocausto. Os europeus, que representam muito do que vai para a opinião pública mundial, se cansaram de carregar a culpa pela destruição dos judeus do continente. Eles começaram a sonhar com alguma forma de libertação histórica. Isso está vindo na forma de resposta militar de Israel aos ataques islâmicos e terroristas. Os europeus não poderiam perder a oportunidade de difamar os judeus e redefinir as medidas de defesa de Israel como “desproporcional” ou total agressão - em outras palavras, crimes de guerra. Na visão dos progressistas europeus, o conflito Israel-Palestina tornou-se um conflito sem comparação, um fenômeno único de vítimas européias gerando vítimas palestinas, que parecia diminuir o peso dos europeus sobre o massacre do povo judeu. Assistindo a demonização de Israel, o ataque ao seu direito de defesa, como disse o primeiro-ministro Benyamin Netanyahu, torna-se claro que existe uma necessidade profunda entre os europeus em chamar os judeus de assassinos. É por isso que os palestinos, como "vítimas" dos judeus, são mais importantes que as numerosas vítimas muçulmanas dos extremistas também muçulmanos. É por isso que milhões de outros muçulmanos que vivem em piores condições do que os palestinos dificilmente recebem qualquer menção na mídia. É por isso que Gaza é comparada com o Gueto de Varsóvia e Auschwitz. Ao chamar os israelenses de nazistas, os verdadeiros nazistas foram legitimados. É como se os europeus, liderados pelos progressistas, desejassem que os árabes terminassem o trabalho. Chega com os judeus. Isto é o que é: A libertação da Europa do legado do Holocausto. Por décadas, os nossos progressistas, ativistas pacifistas ocidentais, foram enganados e manipulados por árabes tiranos e agora por turcos e iranianos islamitas. Eles estão ajudando nos esforços para destruir um dos maiores sucessos dos tempos modernos: a criação do Estado de Israel. O que temos assistido com a frota de Gaza é a execução perfeita de uma obra magistral de teatro islâmico. A indignação selvagem da mídia, um orgasmo de hipocrisia, marca o próximo capítulo da longa história do ódio dos europeus contra os judeus. É politicamente correto, novamente, ser um antissemita. *Leon de Winter é um romancista holandês. Seu último livro é "O Direito de Retorno" (2008). |
Enviada em: sábado, 19 de junho de 2010 10:13
Para: 'Beto'
Assunto: RES: Fw: NENHUM DIA DE PAZ
Beto,
Li o texto e gostaria de respostas sobre alguns questionamentos. Antes gostaria de ressaltar que não tenho nada contra Israel nem os Judeus, até por que sou casado com uma judia. Bom, são só perguntas que não acho respostas
1- Israel é um país desenvolvido, com uma economia muito boa, com excelente educação e saúde, por que se preocupar tanto com um “pedaço de terra”, será que isso não seria orgulho?
2- O Holocausto é uma coisa que o mundo todo,sabe que aconteceu, inclusive o 1° Ministro Alemão (que não lembro qual foi) desculpou-se ao mundo inteiro. O próprio Papa João Paulo II, desculpo-se pela igreja católica ter lavado as mãos na segunda guerra mundial. Pergunto por que se preocupar tanto com um lunático, que coloca em xeque uma coisa que o mundo todo sabe que aconteceu.
3- A segunda guerra Mundial, ACABOU, todos sabem do sofrimento que os Judeus da Europa e não por que do mundo sofreu, nas câmeras de gás, experiências medicas, fuzilamentos etc etc etc. Mais vamos pensar um pouco, as maiores riquezas do mundo estão nas mãos de Judeus, os maiores empresários do mundo são Judeus, a maioria dos ganhadores de premio Nobel são Judeus, você não acha que está na hora do povo judeu tocar sua vida, e esquecer um pouco o holocausto? Não estou dizendo que essa atrocidade deva ser esquecida por completo, mais vejo que a maioria dos Judeus se apegaram a isso como quisesse que a 2° guerra nunca acabasse. Não sei talvez eu esteja errado mais o sentimento que tenho é que o povo Judeu quer ser o povo coitadinho, que sofre de tudo, que eles que sofreram o holocausto e que eles não podem mais sofrer por nada desse mundo, sofre mania de perseguição, desculpe-me se estou sendo ofensivo não é a minha intenção, são só questionamentos de um “goiá, não sei se é assim que se fala. RS” que gostaria de entender um pouco mais sobre todo esse processo. O sofrimento faz parte da vida e da evolução do ser humano.
Em relação ao Baeaaa, tricolor, Putz nunca vi nada um clube da tanto para trás como esse, você como um cara inteligente deveria ver o que é melhor para você e tentar mudar para um time vencedor, como um tal que tem em nosso estado com um nome bem sugerido para os vencedores, como é mesmo o nome do time? Há lembrei ESPORTE CLUBE VITÓRIO...
Abraços
Marcos,
Acho que posso te ajudar com algumas respostas das questões aiinda tem. Vamos lá :
1. Acredito que quando você cita “pedaço de terra” esteja se referindo a Faixa de Gaza. Acho que Israel deixou bem claro que não tem interesse territorial em Gaza, quando a alguns anos se retirou totalmente do local. Não sei se você se lembra quando alguns colonos foram removidos a força para que toda a estrutura construída fosse deixada para administração palestina. Isso tudo ainda no governo do Ariel Sharon ! Esse foi um dos movimentos em direção a paz feito unilateralmente por Israel que foi interpretado pelos fundamentalistas como sinal de fraqueza. Pode ?!
2. Meu caro, estou me lixando para o Ahmadinejah, mas o que me incomoda e acredito a todos o judeus, quando alguém chega e diz que o “holocausto não foi bem assim” , que não foram 6.000.000 (provado documentalmente), mas apenas uns 600.000 (como se este numero também não fosse grande). Isto fere a todos que sobreviveram aquele horror (e eu conheci pessoalmente um) ou os parentes que ficaram. E o que mais nos preocupa hoje é que este tal lunático vai ter em breve uma arma nuclear. E ele tem dinheiro (do petróleo), intenção e antecedentes que comprovam que ele é capaz de executar seu plano de “varrer Israel” do mapa. Se fingirmos que não é bem assim, e continuarmos a apoiar seus planos, como faz nosso governo, o que faremos quando em questão de uma fração de segundos, milhões de pessoas desaparecerem da face da Terra ? Neura minha ?!? pode ser, mas acho que lá pelos anos de 1939, alguém deva ter respondido algo igual quando se comentava sobre um tal Adolf Hitler;
3. Não concordo com você quando crê que nos consideramos “coitadinhos”. Acho que até somos muito passivos. Se nos achássemos coitadinhos não seríamos metade das coisas boas que você citou abaixo, e olhe que elas vem chegando até antes da 2ª. Guerra. Agora, fomos criados ao longo de séculos de perseguição e discriminações, bem antes da 2ª.Guerra. A diferença agora é que temos uma referência – Israel. Por muito tempo sempre me perguntei por que tanta perseguição. Perguntava-me também a respeito da questão até de certa forma policial, de quem afinal matou Jesus Cristo. Tenho minha opinião bem estabelecida nesta questão, mas não queria polemizar aqui com isto que considero um tabu. Mas o fato é que o antisemitismo vem de séculos e somente agora você me tem enchendo sua “caixa postal” porque o momento é único. Estamos vivendo hoje uma ameaça nuclear. Se o mundo se divide quanto a ações contra o “lunático” (você que o chamou assim), e o lula (minúsculo é proposital) vai se meter na questão só para aparecer para o mundo, e ainda aparece a flotilha para desviar esta questão. Por estes motivos, saio da minha confortável posição de leitor e passo a produzir estes textos para ao menos tentar convencê-lo de que temos que nos envolver.
Não o considero ofensivo, acho que sua opinião é a da maioria absoluta dos brasileiros, e até te agradeço por estar assim tão abertamente falando sobre o assunto, pois muitos não comentam nada disso comigo, e ao menos você me permite argumentar e assim praticar o meu ponto de vista. Já ouvi muito, calado, comentários de terceiros que não sabiam que eu era Judeu. Um cara no avião sentou do meu lado e revoltado com a atitude de funcionários da Cia. Aérea, queria que eu concordasse com ele de que o Hitler é que tinha razão. Levantei a voz e ele se quietou. Pois é !! Podemos esquecer o holocausto ? Alguns já esqueceram. Mas nós, JAMAIS ! Senão ele se repete !!!!
Agora quanto a questão do meu Baêêêaaaaa !!! Acho melhor a gente discutir este assunto só depois da final da Copa do Brasil para ver se consigo fazer você ao menos mudar de time !!!
Abraços,
Beto
IMPORTANTE ARTIGO DE JOSÉ MARIA AZNAR NO JORNAL THE TIMES DE LONDRES
Apoie Israel: se o país cair, todos nós cairemos
Por: José María Aznar - Ex-Primeiro-Ministro da Espanha entre 1996 e 2004.
17 de junho de 2010 - THE TIMES DE LONDRES
Revolta em relação aos acontecimentos na Faixa de Gaza é uma distração. Não podemos esquecer que Israel, nesta região turbulenta, é o maior aliado do Ocidente.
Há muito tempo está fora de moda na Europa falar em favor de Israel. Em seqüência ao recente incidente a bordo de um navio cheio de ativistas anti-Israel no Mediterrâneo, é difícil pensar em uma causa mais impopular para lutar.
Em um mundo ideal, a intervenção do exército israelense sobre o Mavi Marmara não teria terminado com nove mortos e alguns feridos. Em um mundo ideal, os soldados teriam sido recebidos de forma pacifica no navio. Em um mundo ideal, nenhum Estado, muito menos um aliado recente de Israel, como a Turquia, teria promovido e organizado uma flotilha, cujo único propósito era criar uma situação impossível para Israel, fazendo-o escolher entre desistir de sua segurança e do bloqueio naval, ou incitar a ira mundial.
Em nossas relações com Israel, devemos deixar para trás a raiva que muitas vezes desvirtua o nosso julgamento. Uma abordagem razoável e equilibrada deve encapsular as seguintes realidades: primeiro, o Estado de Israel foi criado por uma decisão da ONU. Sua legitimidade, portanto, não deve entrar em questão. Israel é um país com instituições democráticas profundamente enraizadas. É uma sociedade dinâmica e aberta, que tem repetidamente se destacado nos campos da cultura, ciência e tecnologia. Em segundo lugar, devido às suas raízes, história e valores, Israel é uma nação de pleno direito ocidental. Na verdade, é uma nação ocidental normal, porém diante de circunstâncias atípicas.
Infelizmente, no Ocidente, Israel é a única democracia cuja existência tem sido questionada desde a sua criação. Em primeira instância, foi atacado por seus vizinhos que usavam armas convencionais de guerra. Em seguida, enfrentou o terrorismo que culminou com uma seqüência de ataques suicidas. Agora, a pedido de radicais islâmicos e seus simpatizantes, enfrenta uma campanha de deslegitimação através do direito internacional e diplomacia.
Sessenta e dois anos após sua criação, Israel ainda está lutando por sua sobrevivência. Punido com chuvas de mísseis que caem no norte e sul, ameaçado de destruição por um Irã que tem o objetivo de adquirir armas nucleares, e pressionado por amigos e adversários, Israel, ao que parece, nunca pode ter um momento de paz.
Durante anos, o foco de atenção do Ocidente tem sido, compreensivelmente, voltado ao processo de paz entre israelenses e palestinos. Mas se Israel está em perigo hoje e toda a região está deslizando rumo a um futuro preocupante e problemático, não é devido à falta de entendimento entre as partes sobre como resolver este conflito. Os parâmetros de um acordo de paz em perspectiva são claros, por mais difícil que possa parecer para os dois lados dar o passo decisivo para sua implementação.
As verdadeiras ameaças à estabilidade regional, no entanto, encontram-se no surgimento do radicalismo islâmico que vê a destruição de Israel como o cumprimento de seu destino religioso e, simultaneamente, no caso do Irã, como uma expressão de suas ambições à hegemonia regional. Ambos os fenômenos são ameaças que afetam não só Israel, mas também toda a Comunidade Internacional.
O núcleo do problema reside na maneira ambígua, e muitas vezes errônea, em que muitos países ocidentais estão reagindo a esta situação. É fácil culpar Israel por todos os males do Oriente Médio. Alguns até agem e falam como se um novo entendimento com o mundo muçulmano poderia ser alcançado somente se estivéssemos dispostos a sacrificar o Estado judeu. Isso seria loucura.
Israel é a nossa primeira linha de defesa em uma agitada região que está constantemente sob o risco de cair no caos; uma região que é vital para a segurança energética mundial devido à nossa dependência excessiva de petróleo do Oriente Médio; uma região que forma a linha de frente na luta contra o extremismo. Se Israel cai, todos nós cairemos. Para defender o direito de Israel existir em paz, dentro de fronteiras seguras, requer um grau de clareza moral e estratégica que muitas vezes parece ter desaparecido na Europa. Os Estados Unidos mostram sinais preocupantes de seguirem uma posição no mesmo sentido.
O Ocidente está atravessando um período de incerteza com relação ao futuro do mundo. No sentido amplo, esta incerteza é causada por uma espécie de dúvida masoquista sobre nossa própria identidade; pela regra do politicamente correto; por um multiculturalismo que nos obriga a curva-nos diante dos outros; e por um secularismo que, cinicamente, nos cega, mesmo quando somos confrontados por membros do jihad promovendo a encarnação mais fanática de sua fé. Deixar Israel a sua própria sorte, neste momento crucial, serviria apenas para ilustrar o quanto afundamos e como nosso declínio inexorável agora se torna eminente.
Isto não pode acontecer. Motivado pela necessidade de reconstruir os nossos valores ocidentais, expressando uma profunda preocupação com a onda de agressão contra Israel, e consciente de que a força de Israel é a nossa força e a fraqueza de Israel é a nossa fraqueza, tomei a decisão de promover uma nova iniciativa chamada Amigos de Israel com a ajuda de algumas personalidades, incluindo David Trimble, Andrew Roberts, John Bolton, Alejandro Toledo (ex-presidente do Peru), Marcello Pera (filósofo e ex-presidente do Senado italiano), Nirenstein Fiamma (autor e político italiano), o financista Robert Agostinelli e o intelectual católico George Weigel.
Não é nossa intenção defender qualquer política específica ou qualquer governo israelense em particular. Os patrocinadores desta iniciativa, com certeza, devem discordar das decisões tomadas por Jerusalém em algumas situações. Nós somos democratas e acreditamos na diversidade.
O que nos une, no entanto, é o nosso apoio incondicional para o direito de Israel de existir e de se defender. Os países ocidentais que se unem com aqueles que questionam a legitimidade de Israel, para que estes joguem com organismos internacionais as questões vitais de segurança de Israel, satisfazendo aqueles que se opõem aos valores ocidentais ao invés de se levantar com firmeza em defesa desses valores, não estão cometendo apenas um grave erro moral, mas um erro estratégico de primeira grandeza.
Israel é uma parte fundamental do Ocidente. O Ocidente é o que é graças às suas raízes judaico-cristãs. Se o elemento judeu dessas raízes for retirado e perdemos Israel, também estamos perdidos. Quer queira ou não, nosso destino está interligado.
**Foi Primeiro-Ministro da Espanha entre 1996 e 2004.
Sabe, me identifiquei tanto com este texto que bem que onde lê-se Paulo Wainberg (Brilhante !!!), poderia se ler, Alberto Abram Neto. Onde lê-se Rio Grande do Sul, Internacional, Gaucho, Colorado, leiam respectivamente, Bahia, Esporte Clube Bahia, Baiano, Tricolor ! Pois é, com excessao de “ateu de fé”, sou o perfil do texto abaixo...
Beto
NENHUM DIA DE PAZ
Paulo Wainberg
Não conheço Israel. Nunca viajei para lá e, talvez, um dia, faça uma viagem turística para conhecer os lugares que tanto imaginei, com base em leituras da História e da Bíblia. E também pelas notícias, referências e informações gerais a que temos acesso.
Sou judeu de nascimento, absolutamente nada religioso (aliás tenho restrições absolutas à religião, qualquer religião), ateu de fé, brasileiro e gaucho, orgulhoso do meu País e do meu Estado, colorado genético e não abro.
Assim, resumidamente, apresento-me com um ser social que não teve qualquer ingerência em suas origens, qualquer escolha sobre sua condição como, aliás, somos todos os humanos, frutos de um atavismo eventual que condiciona nossas emoções e, não raro, destorce nossa razão.
Atrevo-me a dizer que, naquilo que nos interessa e diz respeito, é impossível a imparcialidade e isenção, qualidades aplicáveis apenas quando tratamos dos interesses alheios.
O melhor exemplo com o qual conforto meus inevitáveis condicionamentos resume-se a uma prosaica frase: Se eu tivesse nascido na Argentina, acharia Maradona melhor do que Pelé e ponto final!
Com isto quero dizer que somos produtos das contingências e que nossas escolhas pouco influem nas nossas crenças, na nossa formação e nos nosso heróis.
É esta contingência que me coloca na situação peculiar de ser sempre a favor do Brasil, no macro, do Rio Grande do Sul, no micro, de Israel no universal e do Internacional no particular.
Compreendeste, meu bem?
Vou dar uma última dica: se eu fosse filho de árabes, nascido na Hungria e criado em Viena, torceria sempre para os Húngaros no macro, para os Austríacos no micro, e para os árabes no universal.
Esta perfeita e clara compreensão das dimensões humanas me permitem abordar o assunto do qual teimo em me esquivar mas que, às vezes, não dá: A questão árabe-israelense, que vem à tona sempre que algum incidente acontece por lá.
Tenho certeza que seu eu fosse coreano, não estaria preocupado e poderia tratar da questão com a melhor das isenções e imparcialidade. Assim como faço quando me ocupo de questões coreanas.
Israel, como qualquer país democrático, tem suas mazelas internas, suas lutas pelo poder, suas questões ideológicas, o confronto entre esquerda e direita e um processo político natural em que o Governo é o alvo da crítica constante da oposição e a oposição sempre lutando para se tornar Governo.
Acontece lá, acontece no Brasil, acontece no mundo democrático. Felizmente é assim, ao contrário da maioria dos países do mundo árabe em que as questões do Poder se resolvem pela força ou pela fraude.
Quando a ONU celebrou a partilha da Palestina, criou dois países: Israel e o Estado Nacional Palestino. O mundo árabe preferiu não aceitar o Estado palestino e optou por destruir Israel. Se tivessem gasto toda a energia e o dinheiro empregados numa guerra genocida e cruel na construção de uma nação palestina, teríamos hoje, naquela região, dois grande e pujantes países, ricos, desenvolvidos, fraternos.
Porém, a lógica do fanatismo optou pela pior das idéias: Não quero ter e não quero que tenhas.
Resultado trágico é que Israel, à base de muita luta e de muitas guerras invasivas, cresceu, se desenvolveu e adquiriu o status de grande nação, enquanto os palestinos submeteram-se às políticas fanáticas, de cunho irracional e terrorista, sem abrir mão da condição de refugiados, como se isto fosse suficiente para justificar áreas de influência internacional.
Por que isto aconteceu?
O que levou os tiranos árabes, ditadores, xeiques, poderosos barões do petróleo a optar pela destruição e pela guerra? Quais interesses internacionais de natureza financeira e ideológica impediram que os palestinos tivessem, conforme a comunidade internacional através da ONU proporcionava, um País independente?
São questões cujas respostas são até hoje debatidas e, nunca, encontradas ou aceitas. Para cada versão há uma contra-versão, para cada explicação uma contra-explicação.
Resta um fato contra o qual não há argumento, nenhuma versão resiste à simples análise sensorial humana: Israel foi sempre atacado, jamais atacou.
Foi assim quando o mundo árabe atacou Israel tão logo proclamada a república e nas sucessivas guerras que se sucederam, culminando na prática mais cruel e intolerante de todas: o terrorismo.
Nos limites cabíveis da minha razão, obviamente condicionada em parte por meu atavismo, mas não menos racional, na qualidade de observador distante, noto que a chamada opinião pública internacional está em permanente alerta para condenar Israel, independentemente dos fatos.
E, por isto, afirmo que essa opinião pública internacional é parcial e tendenciosa, sempre contra Israel e suas atitudes no conflito, não importam as circunstâncias, não importam as razões.
Por exemplo, depois de ser, por mais de um ano bombardeado por mísseis de longo alcance disparados pelo Hamas, diretamente da faixa de Gaza, Israel reagiu.
Antes de fazê-lo, inundou a faixa de Gaza de panfletos explicativos, advertindo seus cidadãos da iminência do ataque, que buscassem proteção, que se afastassem da área de conflito, coisa rara no mundo das guerras, porque o inimigo, assim como a população, foi previamente alertado.
Não obstante, o Hamas continuou com suas táticas terroristas de ataque e destruição, bombardeando diariamente, varias vezes por dia, o território israelense.
Quando, por fim, Israel revidou, direcionando o ataque às bases do movimento terrorista Hamas, evitando ao máximo atingir áreas populacionais e reduzir o quanto possível a incidência de vítimas civis, a tal opinião pública internacional voltou-se contra Israel alegando a ‘desproporção da força utilizada’.
Vários órgãos de imprensa do mundo interno, inclusive do Brasil, inclusive de Porto Alegre, chegaram ao desplante de minimizar os ataques com mísseis protagonizados pelo Hamas, como coisa de somenos, como mísseis de pouco poder destrutivo, para justificar suas tendenciosas opiniões no sentido de condenar a atitude israelense.
Israel determinou o bloqueio da faixa de Gaza porque por ela, comprovadamente, entravam armamentos de poderoso teor destrutivo, enviados por países árabes, municiando os terroristas do Hamas para os seus ataques solertes ao território israelense.
Certo? Errado? Não sei. Sei apenas que Israel trava uma luta de sobrevivência que a tal opinião pública internacional teima em não reconhecer.
Mais uma vez me pergunto: por que?
Estará a opinião pública internacional a favor da destruição do Estado de Israel, como querem os terroristas do Hamas e o famigerado presidente do Irã?
Aparentemente, sim.
Talvez essa opinião pública internacional não tenha, ainda, absorvido a culpa pelo Holocausto e prefira destruir, de uma vez por todas, o povo para o qual tem que olhar diariamente, sabendo que permitiu o genocídio nazista.
Talvez seja mais fácil, para a opinião pública internacional, exterminar os que, aos seus olhos culpados, os afrontam com a simples existência, pondo fim ao próprio penar, ao próprio sofrimento culpado.
Agora, no mais recente episódio, Israel interceptou um comboio naval, autodenominado de ajuda humanitária, que pretendia furar o bloqueio imposto à faixa de Gaza.
Qual ajuda humanitária era essa? Por que as pessoas querem ajudar os habitantes da Faixa de Gaza que convivem com o grupo terrorista Hamas e o legitimam, em seu território?
Por que, como costuma acontecer no caso de outros bloqueios impostos por nações em ação auto defensiva, não respeitam o bloqueio imposto por Israel como autodefesa, instinto de conservação e preservação do legítimo direito de existir?
Por que as ajudas humanitárias invasivas são, sempre, lá?
Por que as entidades caridosas internacionais não tentam levar ajuda humanitária à Cuba, por exemplo, desrespeitando o bloqueio imposto pelos Estados Unidos àquele País.
Por que a opinião pública internacional não é tão veemente, insistente e operativa em condenar, com eficácia, os governos autoritários, cruéis e sanguinários existentes nos países Africanos e em muitos países asiáticos?
Por que todas as energias postas à afrontar e condenar Israel?
E quando vejo judeus, por razões de política interna, confundirem questões éticas e humanitárias com interesses políticos localizados, condenando ações israelenses de forma peremptória e definitiva, fico muito indignado.
Primeiro porque, como judeus, não têm direito à isenção e à imparcialidade.
Segundo porque parecem não saber que os que querem destruir Israel utilizam cada palavra dita por um judeu contra Israel, como ‘prova’ de suas teses sanguinárias, jogando-as à comunidade e à opinião pública internacional como suprimento ao manancial preconceituoso, tendencioso e, na maioria dos casos, indubitavelmente antissemita, às suas manifestações.
Acho que árabes e judeus podem viver em paz e harmonia como, aliás, vivem na maior parte do mundo civilizado, através das respectivas comunidades.
Porto Alegre e o Brasil são exemplos disto, mesmo que o nosso Governo teime em amparar e apoiar ditadores sanguinários, do porte do fraudulento presidente iraniano, de candidatos à ditadores como Hugo Chaves e Evo Morales, desfazendo, pelas atitudes, as palavras ditas em nome da democracia.
Onde está a opinião pública internacional que não condena o presidente do Irã por negar o holocausto e por pregar a destruição total de Israel?
E que, sob a duvidosa liderança norte americana, lança sanções punitivas por presumíveis ações visando criar armas nucleares, àquele país.
Não esqueçam de uma coisa, isto deve ser dito e repetido até que a opinião pública internacional se dispa dos preconceitos e, pelo menos uma vez, trate da questão com isenção e imparcialidade:
Desde o minuto de sua criação, em 1948, o mundo não concedeu à Israel um único dia de PAZ
Trata-se de um País e de um povo submetido à guerras de destruições, ataques militares e terroristas, sob o acobertamento da ‘opinião pública internacional’ a qual, caso Israel se submetesse, há muito teria sido destruído.
Mais do que fomentar e influenciar para uma paz efetiva e duradoura no oriente médio, a comunidade internacional tem que abandonar seus preconceitos, os fanáticos e oportunistas de ocasião devem ser calados e os povos devem celebrar a Humanidade como o legítimo dom com que a Natureza beneficiou o ser humano.
8 de junho de 2010
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Os organizadores da Parada do Orgulho Gay de Madri proibiram a participação de um carro israelense que devia desfilar representando os gays de Tel Aviv porque a prefeitura da cidade não condenou o ataque das tropas israelenses à frota humanitária pró-palestina.
"Depois dos ataques, e vendo que não houve condenação por parte da prefeitura de Tel Aviv, decidimos não permitir a participação desse carro", afirmou à AFP Antonio Poveda, presidente da associação organizadora Felgtb.
A Parada do Orgulho Gay em Madri acontece no dia 3 de julho.
Comandos israelenses atacaram, em 31 de maio passado, uma frota de militantes pró-palestinos que transportavam ajuda humanitária destinada a Gaza. A região vive sob bloqueio israelense desde 2006.
Nove militantes turcos morreram na abordagem."
Agora pergunto: E o carro iraniano ? Saiu na parada ? Aliás, e o carro de dissidentes sobreviventes iranianos gays ? Saiu na parada ?
Segundo o seu presidente, o Atchim-nedja, no seu país, não existem Gays !
Que apunhalada o movimento de Madrid deu no movimento Gay mundial ! Quanto preconceito partindo de um grupo que sofre tanto com preconceitos.! Quanto apoio a enforcamentos em praça pública de Gays no Irã ! Sim ! uma coisa tem a ver com a outra, sim ! Não se trata de apoiar ou não ações de Israel, mas de conceitos sobre a sobrevivência de um país onde o movimento Gay é livre de decidir seu próprio destino. De se julgar baseados em conceitos pré-estabelecidos ações deste ou aquele indivíduo. Isto não significa preconceito ?