terça-feira, 29 de janeiro de 2013

"democracia iliberal"?!? Turquia ?!?


A tese delinquente da “democracia iliberal”. Ou: Turquia é exemplo da ditadura islâmica exercida por outros meios, não de democracia!


Era fatal que chegássemos a este ponto: os inimigos da democracia não estão apenas em terras que nos parecem estranhas. Também estão entre nós — aliás, são até mais perigosos do que os outros.
O Estadão de hoje publica um texto de Jocelyne Cesari, escrito originalmente para o Washington Post. Comentei nesta manhã. Esta senhora, tripudiando sobre 58 cadáveres no Egito, produzidos só nos últimos cinco dias, vê com encanto o que considera avanço da democracia em países islâmicos e lança uma categoria nova: as “democracias iliberais”. Sim, ela dá de barato, sabem?, que as democracias muçulmanas serão diferentes, sem os mesmos compromissos que temos com a igualdade entre os cidadãos ou com a liberdade religiosa.
Chamei a tese de delinquente. E reitero. Alguns leitores afirmam que desprezei o trecho em que ela diz ser possível uma “democracia islâmica”, oferecendo a Turquia como exemplo. Não desprezei, não! Decidi deixar isso para depois. Essa é outra das estúpidas mistificações que estão em curso.
A Turquia democrática é a versão dos intelectuais do miolo mole da Turquia mítica de Glória Perez… Em outras palavras: as duas são fantasias. A de Glória, claro!, não tem importância nenhuma porque tudo aquilo é brincadeira, distração, ficção sem importância. Já a conversa de que a Turquia é um modelo de democracia… Ah, isso tem importância, sim.

Ditadura com eleições

A Turquia nunca foi uma democracia e continua a não ser. O que há de particularmente ruim agora é que a ditadura exercida por outros meios — sob o controle de um partido religioso — está sendo vista como um grande avanço, uma grande conquista.
Pesquisem, meus caros, se tiverem algum especial interesse no assunto, o que ficou conhecido no país como “Rede Ergenekon”. É a versão turca dos “Processos de Moscou”, de Stálin. Recep Tayyip Erdogan, o primeiro-ministro, inventou uma suposta conspiração ultranacionalista e anti-islâmica que pretenderia derrubar o governo. Estariam envolvidos na tramoia militares (a maior parte dos acusados), jornalistas, professores, empresários etc. Erdogan prendeu quem bem quis. Tratou-se de um claro movimento de intimidação. Não há imprensa livre na Turquia. O governo acusa de conspiração quem bem entender.
O partido islâmico da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), de Erdogan, aparelhou todas as instituições do país, muito especialmente a Justiça. A oposição está intimidada ou presa, acusada de participar da tal conspiração. Sim, existe pluralidade partidária. A questão é saber se a oposição conseguirá chegar ao poder…
Erdogan não é burro. Ao contrário! É muito esperto. Herdou uma Turquia que faz parte da Otan e a quer integrada à União Europeia. Por isso busca um aparente equilíbrio entre dois mundos, enquanto vai aniquilando seus adversários internos. No caso da Primavera Árabe, tomou a decisão mais esperta: fechou com o Ocidente — até porque o Ocidente estava fechado, ora vejam, com a Irmandade Muçulmana e outros grupos radicais. Por que agiria de modo diferente? Deu um pé no traseiro de Bashar Al Assad, mas se aproximou do Irã.
A Turquia não é modelo de coisa nenhuma. Ao contrário: a sanha com que Erdogan avançou contra seus adversários, inventando a farsa da “Rede Ergenekon”, só prova que os islâmicos burros escolhem o terrorismo; os espertos, as eleições. Burros e espertos querem a mesma coisa: o estado islâmico.
O país, assim, pode ser um exemplo do que aquela senhora chama de “democracia iliberal” — que democracia não é. Trata-se apenas da ditadura exercida por outros meios. Seu texto, reitero, é a evidência da estupidez que tomou conta dos meios acadêmicos ocidentais.
Turquia democrática? Que Erdogan ponha fim, por exemplo, ao ensino religioso obrigatório nas escolas e permita a crítica livre ao Islã. Vamos ver. Não há democracia onde não há liberdade de consciência e onde jornalistas podem ser encarcerados, acusados de conspiração, simplesmente porque críticos do governo. Na Turquia de Erdogan, faz-se o devido processo legal — conduzido por juízes nomeados por um partido religioso. Entenderam?
Há quem ache que uma ditadura que conta com o apoio da maioria é mais decente do que uma ditadura ancorada numa minoria. Como eu estaria morto ou preso tanto em uma como em outra, nego-me a fazer essa escolha. Continuo a escolher o único regime que pode abrigar quem sou e penso: a democracia! A democracia LIBERAL! O “iliberalismo democrático” é uma invenção estúpida de grupos que usaram o ambiente do livre pensamento para flertar com a sua destruição.

Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O Antisemitismo está bem, obrigado...

As vezes a gente não junta os pontos, e não vê o que está bem diante de nossos olhos. Pois este texto publicado no site PLETZ.COM  ( http://www.pletz.com/blog/o-antisemitismo-esta-bem-obrigada/ ) faz esta síntese muito bem. Vale a pena esta leitura :


O Antisemitismo está bem, obrigada…

 data: 27 janeiro 2013 | seção : deborah srour


Hoje as Nações Unidas comemoram o Dia Internacional de Lembrança do Holocausto. E políticos em muitos países ditos “civilizados” decidiram aproveitar a data para lançar seu veneno contra os judeus e Israel.
Na Grécia, o líder do partido de direita Crepúsculo Dourado – que ganhou 19 assentos no parlamento nas últimas eleições e que usa a saudação Heil Hitler – castigou a visita do presidente do Comitê Judaico Americano ao país, dizendo que a culpa pela crise financeira na Grécia era “daqueles que possuem a maioria da riqueza internacional e que todo o mundo sabe a que raça eles pertencem. A raça que é o mal absoluto para toda a humanidade”.
Para não ficar para trás, o membro do parlamento inglês David Ward disse que os “judeus não aprenderam sua lição com o Holocausto” e que “apenas alguns anos após serem libertados dos campos de concentração eles infligem atrocidades diárias aos palestinos”.
Parece que quem não aprendeu com as próprias atrocidades foi a Europa. Há apenas 68 anos em meio às cinzas de 6 milhões de judeus – entre os quais 1.5 milhão de crianças – os europeus decidiram fazer do antissemitismo chique uma moda passé. Mas as modas voltam – como estamos vendo hoje. As vezes nos mesmos trajes, às vezes travestido de anti-israelismo.
Além da repulsa direta a judeus e a Israel há aqueles que professam amizade, ou boas-intenções para “ajudar” o estado judeu a alcançar a paz. Estes são os mais perigosos pois seu fingimento tem o objetivo de minar a estabilidade do estado judeu para seu ganho politico.
Vejamos a França. O Mali é um país remoto e seu problema com os radicais islâmicos está muito longe de afetar o dia-a-dia dos franceses. No entanto, a intervenção militar francesa nesta guerra pode ter um impacto muito grande sobre Israel.
O fato da França estar bombardeando muçulmanos do outro lado do Mediterrâneo, a expõe à vingança destes radicais. Mas se os franceses continuarem a bater forte sobre Israel em favor dos palestinos, isto mostrará que na verdade eles não têm nada contra os muçulmanos, apenas contra este grupo radical que eles dizem ser um problema de segurança nacional para a França.
Não é de espantar que foi em meio à esta intervenção no Mali que o presidente François Hollande advertiu que sua iniciativa para a retomada das negociações entre Israel e os palestinos seria entregue logo após as últimas eleições que reelegeram Netanyahu.
Hollande também avisou que se Israel (note não os palestinos) não fizer nada com relação aos blocos de judeus na Judéia e Samária, ele iria impedir a entrada destes judeus na Europa.
Netanyahu aproveitou para ligar para Hollande e congratulá-lo por sua corajosa decisão de lutar contra extremistas islâmicos a milhares de quilômetros da França lembrando que Israel os tinha a poucos metros de suas casas.
O problema é que depois que esta aventura no Mali terminar, Hollande se verá forçado a atitudes mais duras contra Israel para apaziguar a população islâmica do seu país. Em outras palavras, não vamos ficar surpresos se a França tentar se redimir perante os muçulmanos, nas costas de Israel.
E aí temos Obama. Nesta semana, o New York Times descreveu a sua relação com Netanyahu como “a de um casal preso num casamento sem amor”. Antes das eleições Obama disse que “Israel não sabe o que é de seu próprio interesse” ao que Netanyahu respondeu que “só os israelenses podem determinar quem representa os interesses vitais de Israel”. E por causa desta “falta de amor” Obama irá pressionar Israel, não os palestinos, a mais concessões como gestos de boa vontade para trazer Abbas de volta à mesa de negociações.
E aí chegamos no ponto da utilidade ou da falta dela de todas estas pressões e negociações.
Em setembro passado a Autoridade Palestina conseguiu um reconhecimento na Assembléia Geral como “Estado” com o apoio entusiástico do Banco Mundial do Fundo Monetário Internacional e um bando de nações felizes em recebe-los como “soberanos”. Assim a Autoridade foi proclamada como entidade que funciona como estado.
Se “estado” pressupõe alguma medida de auto-suficiência financeira ela não qualifica. A solvência da Autoridade Palestina depende somente dos impulsos de caridade da comunidade internacional. Quando os doadores não pagam, o caos toma conta. Os incontáveis funcionários públicos vão para as ruas, há violência e protestos. O próprio primeiro-ministro Salam Fayyad admitiu no começo do ano que a existência da Autoridade estava em extremo perigo, pois países árabes deixaram de mandar os milhões de dólares prometidos.
Esta combinação de fragilidade e depedência está bem longe da retórica de seis meses atrás de indepedência e auto-determinação.
Como se pode querer um estado fundado na falta de integridade fiscal, na falta de uma imprensa livre, com um sistema legal repleto de tribunais sem independência judiciária, com uma polícia formada por milícias tribais e organizações terroristas que competem entre si, com um sistema educacional que objetiva somente a perpetuação do ódio a Israel e aos judeus?
Além disso Abbas está no seu sétimo ano quando sua presidência deveria ter durado quatro. Não há protestos nas ruas para retirá-lo pois milhares de palestinos recebem salários dele. Ele não tem realmente legitimidade para assinar acordos ou forçar os palestinos a cumprirem seus termos. Ele nunca poderá garantir a paz ou a segurança a Israel mesmo se sua intenção for genuina, o que é muito discutível.
Um estado só pode se manter unido quando seus cidadãos têm um objetivo comum de construi-lo apesar de suas diferenças. O novo estado da Palestina, nasceu do ódio, com o único objetivo de destruir Israel e negar ao povo judeu seu estado, não o de construir o seu.
Assim, nada do que Hollande, Obama ou qualquer outro líder possa fazer para transmitir a sensação de urgência na retomada das negociações terá qualquer valia se não houver uma ação correspondente de Abbas redefinindo a utilidade destas negociações. Ele tem que comunicar claramente que o objetivo não é só de alcançar concessões territoriais de Israel mas terminar definitivamente o conflito, a renúncia de qualquer outra reclamação e a coexistência pacífica para os dois povos.
Mas se Abbas fizer isso acontecer, que argumentos sobrarão para os antisemitas de hoje?

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Enquanto isso, em Israel ...

Somente no dia de Hoje (25/01/2013), duas noticias de empresas Israelenses que desenvolvem produtos na área da saúde, para tornar a vida dos homens melhor, e até salvando vidas. 

Aí estão as reportagens :


Empresa israelense Teva revoluciona tratamento da leucemia

http://www.coisasjudaicas.com/2013/01/empresa-israelense-teva-revoluciona.html

Posted by Jorge MagalhãesCoisas Judaicas ~ on 25/01/2013 ~ 0 comments


A Food and Drug Administration dos EUA aprovou um novo tratamento para a leucemia da empresa israelense Teva Pharmaceutical Industries Ltd. para ser vendido sob a marca "Synribo". A droga, também conhecida como "omacetaxine mepesuccinate", foi aprovada para o tratamento de um tipo de câncer do sangue e na medula óssea denominada "leucemia mielogénica crônica" (CML). “A aprovação oferece uma nova opção de tratamento para os pacientes que são resistentes ou não podem tolerar outras drogas e para as fases crônicas ou acelerada da CML“, explicou Richard Pazdur, diretor do FDA. A "Synribo" deve ser injetada no paciente duas vezes por dia durante 14 dias consecutivos ao longo de 28 dias até que as contagens de glóbulos brancos se normalizem. Ela funciona bloqueando proteínas que ajudam o desenvolvimento de células cancerosas. A Teva é a maior fabricante mundial de medicamentos genéricos.



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Empresa de Israel cria celular que faz exames médicos

O novo aparelho pode fazer sete diferentes tipos de exames médicos e divulgar o resultado, de forma instantânea, para qualquer parte do mundo.


http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/01/empresa-de-israel-cria-celular-que-faz-exames-medicos.html



Uma empresa israelense descobriu mais uma função para o celular. O novo aparelho pode fazer sete diferentes tipos de exames médicos e divulgar o resultado, de forma instantânea, para qualquer parte do mundo.
A empresa israelense há 20 anos produz sensores para os mais modernos equipamentos médicos do mundo. Desde 2010, cientistas e técnicos desenvolvem um projeto revolucionário. Gente do mundo todo vai poder usar o telefone para fazer exames médicos a qualquer hora do dia ou da noite.
Yaacov, presidente da empresa, explica que o minilaboratório permite controlar a saúde, os remédios, a dieta e o calendário. Basta apertar firme com os dedos na lateral que em dez segundos o aparelho produz um eletrocardiograma. A análise é enviada pela internet. Yaakov fica aliviado: o resultado é normal.
“Você está num cinema na Austrália e sente-se mal”, diz Yaacov. “Faça o teste de saturação de oxigênio e mande por e-mail para o seu médico que está no Rio de Janeiro. Você está de cabeça quente, pode ser uma febre. Esfregue o telefone na testa e segure. A temperatura aparece em um instante.”
Para os diabéticos tem um estojo especial, com agulhas e material esterilizado e descartável. Basta furar o dedo e colocar o sangue no sensor conectado ao celular.
Tem opções para controlar os batimentos do coração, porcentagem de gordura e o nível de estresse, que mostra um sugestivo paraquedista na tela, que pousa enquanto você espera o resultado.
Ao final do teste de estresse, o telefone ainda dá uma dica para relaxar. Pode ouvir música, fazer meditação ou até mesmo ioga. É só apertar e acompanhar o vídeo que aparece na tela.
O aparelho será vendido, inicialmente, na Europa e na Índia. Não há prazo de quando chegará ao Brasil.