segunda-feira, 15 de abril de 2013

HINO DE ISRAEL - FELIZ ANIVERSÁRIO !


O QUE É UM JUDEU?


Leon Tolstoy


· Publicado por Jayme Fucs Bar em 24 agosto 2011 às 12:37 em Canto dos poetas e sonhadores

Leon Tolstoy (1829-1910) descendente de uma família cristã da nobreza russa e um dos maiores escritores e romancistas do mundo, autor de obras como "Guerra e Paz"e "Anna Karenina", escreveu:

O QUE É UM JUDEU?

O que é um judeu?Esta pergunta não é, de forma alguma, tão estranha quanto parece. Vejamos que tipo de criatura peculiar é o judeu, molestado e violentado, oprimido e perseguido, esmagado e assassinado, queimado e enforcado, coletiva e individualmente por tantos governantes e povos e que, apesar de tudo isso, continua vivo. O que é um judeu, aquele que nunca se deixou levar por todos os bens terrenos, que lhe eram oferecidos, constantemente, por seus opressores e perseguidores para que trocasse sua fé e abandonasse sua própria religião judaica?

O judeu é este ser sagrado que trouxe dos Céus a chama perpétua e com esta iluminou o mundo inteiro. 

Ele é a vertente religiosa, nascente e fonte de onde todos os outros povos tiraram suas crenças e suas religiões.

O judeu é o pioneiro da liberdade. Mesmo outrora, quando o povo se encontrava dividido em apenas duas classes distintas, escravos e senhores, mesmo naquela época longínqua, a Lei de Moisés proibia a prática de se manter uma pessoa em cativeiro por mais de seis anos.

O judeu é o pioneiro da civilização. A ignorância foi condenada na Palestina da antiguidade ainda mais do que o é em nossos dias na Europa civilizada. E ainda, naqueles dias de selvageria e barbárie, em que nem a vida nem a morte de ninguém valia algo, Rabi Akiba não se absteve de se declarar abertamente contrário à pena capital.

O judeu é o emblema da tolerância civil e religiosa. "Ama o estrangeiro e o forasteiro", ordenou-nos Moisés, "porque estrangeiro foste na terra do Egito". E isto foi proclamado naquela época remota e selvagem em que a principal ambição das raças e dos povos consistia em se esmagarem e escravizarem uns aos outros. No que tange à tolerância religiosa, a fé judaica não apenas está muito distante do espírito missionário de converter pessoas de outras denominações. Muito pelo contrário, o Talmud ordena que os rabinos informem e expliquem a todo aquele que, por vontade própria, venha a aceitar a religião judaica, todas as dificuldades contidas nessa aceitação, e que façam ver ao prosélito que os justos entre os povos têm o seu quinhão na imortalidade. De uma tamanha tolerância religiosa, tão elevada e ideal, nem mesmo os moralistas de hoje podem se vangloriar.

O judeu é o emblema da eternidade. Aquele que nem o assassinato nem a tortura, ao longo de milhares de anos, puderam destruir, aquele que nem o fogo nem a espada nem a inquisição foram capazes de eliminar da face da terra, aquele que foi o primeiro a produzir os oráculos de D'us, aquele que há anos é o guardião da profecia, e que a transmitiu ao resto do mundo. Uma nação destas não pode ser destruída. O judeu é perene, tão perene quanto a própria eternidade".


sábado, 6 de abril de 2013

Primavera Árabe e o inimigo israelense



Pedindo permissão ao copiar parcialmente o conteúdo do post do facebook, Brazilian Jews – Judeu Brasileiro, segue um artigo publicado no dia 6 de outubro de 2012 no site ARAB NEWS.

“Quem é o verdadeiro inimigo do mundo árabe?”.

No dia 6 de outubro passado, marcando os 39 anos do início da Guerra do Yom Kipur, saiu um artigo no jornal saudita ARAB NEWS, de autoria de Abdulateef al-Mulhim, a respeito do conflito de Israel com os árabes, lembrando aquela Guerra, chamada Guerra de 1973, pois árabes nunca falam em Yom Kipur; chamam, também, de Guerra de Outubro. Interessante notar que, sendo o Arab News um jornal oficial da realeza saudita, o artigo deve ter sido autorizado.


Vamos apresentar os pontos importantes:

Depois de afirmar que o conflito árabe-israelí é o mais complicado já visto no mundo e, depois de 39 anos da Guerra de 1973, diz o articulista, “muitas pessoas no mundo árabe começam a fazer indagações sobre o passado, o presente e o futuro com vistas a este conflito”. Traz quatro questões referentes às guerras de 1948, 1967 e 1973.

Parece que algo está mudando, quando a Arábia Saudita permite, oficialmente, que tal seja dito...

Vamos ao artigo :

 

Arab Spring and the Israeli enemy

Primavera Árabe e o inimigo israelense


ABDULATEEF AL-MULHIM
Saturday 6 October 2012

Trinta e nove anos atrás, em 6 de outubro de 1973, a terceira maior guerra entre os árabes e Israel estourou. A guerra durou apenas 20 dias. Os dois lados estiveram envolvidos em outras duas grandes guerras, em 1948 e 1967. 


A Guerra de 1967 durou apenas seis dias. Mas, estes três guerras não foram os únicos confrontos árabes-israelenses. Desde o período de 1948 e até hoje muitos confrontos ocorreram. Alguns deles eram confrontos pequenas e muitos deles foram batalhas de grande escala, mas não houve grandes guerras além dos mencionados acima. O conflito árabe-israelense é o conflito mais complicado que o mundo já experimentou. No aniversário da guerra de 1973 entre árabes e israelenses, muitas pessoas no mundo árabe estão começando a fazer muitas perguntas sobre o passado, presente e futuro em relação ao conflito árabe-israelense.


As perguntas agora são:

Qual foi o custo real destas guerras para o mundo árabe e seu povo(?) E a questão mais difícil que nenhum nacional árabe quer perguntar é: Qual foi o custo real por não reconhecer Israel em 1948(?), e por que os Estados árabes não gastam seus recursos em educação, saúde e infra-estruturas, em vez de guerras? Mas, a pergunta mais difícil que nenhum nacional árabe quer ouvir é se Israel é o inimigo real do mundo árabe e do povo árabe(?)

Decidi escrever este artigo depois que eu vi as fotos e relatórios sobre uma criança faminta no Iêmen, um antigo souk Aleppo na Síria queimado, o subdesenvolvidos Sinai no Egito, carros- bombas no Iraque e os edifícios destruídos na Líbia. As fotos e os relatórios foram apresentados na rede Al-Arabiya, que é a agência de notícias mais vista e respeitada no Oriente Médio.

A única coisa comum entre todos que eu vi é que a destruição e as atrocidades não são feitas por um inimigo externo. A fome, as mortes ea destruição destes países árabes são feitos pelas mesmas mãos que deveriam proteger e construir a unidade desses países e salvaguardar as pessoas desses países. Assim, a pergunta agora é quem é o verdadeiro inimigo do mundo árabe?

O mundo árabe perdeu centenas de bilhões de dólares e perdeu dezenas de milhares de vidas inocentes que lutam contra Israel, que eles consideravam é o seu maior inimigo, um inimigo cuja existência eles nunca reconheceram. O mundo árabe tem muitos inimigos e Israel deveria estar no fim da lista. Os verdadeiros inimigos do mundo árabe são a corrupção, a falta de boa educação, a falta de bons cuidados de saúde, falta de liberdade, a falta de respeito pela vida humana e, finalmente, o mundo árabe teve muitos ditadores que usaram o conflito árabe-israelense para suprimir seu próprio povo.

Essas atrocidades desses ditadores contra seus próprios povos são muito piores do que todas as guerras árabe-israelenses em grande escala.

No passado, nós falamos sobre o porquê de alguns soldados israelenses atacarem e maltratarem os palestinos. Além disso, vimos os aviões e tanques israelenses atacarem vários países árabes. Mas,  esses ataques se igualam as atrocidades atuais que estão sendo cometidos por alguns estados árabes contra seu próprio povo(?)

Na Síria, as atrocidades estão além de imaginação de alguém? E, não é que os iraquianos são os que estão destruindo seu próprio país? Não foi o ditador da Tunísia, que foi capaz de roubar 13 bilhões de dólares dos tunisianos pobres? E como pode uma criança morrer de fome no Iêmen se a sua terra é a mais fértil do mundo? Por que os intelectuais iraquianos deixam o Iraque, um país que fatura 110 bilhões de dólares em exportação de petróleo? Por que os libaneses não governam um dos menores países do mundo? E o que fez os Estados árabes começarem a afundar no caos?

Em 14 de maio de 1948, a estado de Israel foi declarado. E apenas um dia depois, em 15 de maio de 1948, árabes declararam guerra a Israel para retornarem à Palestina. A guerra terminou em 10 de março de 1949. Durou nove meses, três semanas e dois dias. Os árabes perderam a guerra e chamou esta guerra de Nakbah (catastrófica). Os árabes não ganharam nada, e milhares de palestinos tornaram-se refugiados.

E em 1967, os árabes lideradas pelo Egito sob o governo de Gamal Abdul Nasser, entraram em guerra com Israel, e perderam mais terra palestina e fez mais refugiados palestinos que estão agora à mercê dos países que os acolhem. Os árabes chamaram esta guerra, Naksah (chateado). Os árabes nunca admitiram a derrota em ambas as guerras e a causa palestina ficou mais complicada. E agora, com a Primavera Árabe sem fim, o mundo árabe não tem tempo para os refugiados palestinos ou a causa palestina, porque muitos árabes são seus próprios refugiados e estão sob ataques constantes de suas próprias forças. Sírios estão deixando seu próprio país, e não por causa dos aviões israelenses lançando bombas sobre eles. É a Força Aérea da Síria, que lançam as bombas. E agora, iraquianos árabes muçulmanos, os cérebros mais inteligentes, estão deixando o Iraque para o leste. No Iêmen, a mais triste tragédia humana no mundo está sendo escrito pelos iemenitas. No Egito, o povo no Sinai está esquecido.

Finalmente, se muitos dos estados árabes estão em tal desordem, então o que aconteceu com o jurado inimigo árabe (Israel)? Israel tem agora os centros de pesquisa mais avançados, universidades de ponta e infra-estrutura avançada. Muitos árabes não sabem que a expectativa de vida dos palestinos que vivem em Israel é muito maior do que muitos Estados árabes e eles gozam de liberdade política e social muito melhor do que muitos de seus irmãos árabes. Mesmo os palestinos que vivem sob ocupação israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza desfrutam de mais direitos políticos e sociais do que alguns lugares do mundo árabe. Não foi um palestino – israelense um dos juízes que enviaram um ex-presidente de Israel para a cadeia?

A Primavera Árabe mostrou ao mundo que os palestinos são mais felizes e em melhor situação do que os seus irmãos árabes que lutaram para libertá-los dos israelenses. Agora, é hora de acabar com o ódio e as guerras e começar a criar melhores condições de vida para as futuras gerações árabes.


  

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Obama aos Palestinos: Aceitem o Estado Judeu


por Daniel Pipes
The Washington Times
26 de Março de 2013

Tradução: Joseph Skilnik



Uma importante guinada na política externa dos EUA na cobertura da agitada visita de cinquenta horas, na semana passada, de Barack Obama a Israel, passou despercebida na avalanche de notícias. Essa exigência de que os palestinos reconheçam Israel como estado judeu, "seria a declaração mais perigosa feita por um presidente americano em relação a questão palestina, segundo o líder do Hamas Salah Bardawil.
Primeiramente, alguns antecedentes: Os documentos da fundação de Israel tinham como objetivo fazer do país um estado judeu. Na realidade o sionismo moderno teve início em 1896 com a publicação do livro Der Judenstaat ("O Estado Judeu") de Theodor Herzl. ADeclaração de Balfour de 1917 aprova "um lar nacional para o povo judeu". A resolução 181 da Assembléia Geral da ONU de 1947, dividindo a Palestina em duas, menciona 30 vezes o termo estado judeu. A Declaração do Estabelecimento de Israel de 1948 menciona estado judeu 5 vezes, como por exemplo, "nós … pelo presente declaramos o estabelecimento de um estado judeu em Eretz-Israel, a ser chamado de Estado de Israel".



Por conta dessa forte conexão, quando a diplomacia árabe-israelense começou a ser conduzida com seriedade na década de 1970, a formulação estado judeu praticamente desapareceu, todos simplesmente acreditavam que o reconhecimento diplomático de Israel significava sua aceitação como estado judeu. Somente há poucos anos os israelenses se deram conta que as circunstâncias eram outras, à medida que os árabes começaram a aceitar Israel mas rejeitar sua natureza judaica. Por exemplo, uma importante publicação de 2006 do Mossawa Center em Haifa, The Future Vision of Palestinian Arabs in Israel (A visão do futuro dos árabes palestinos em Israel), sugere que o país se torne um estado neutro em termos religiosos e um lar em comum. Em suma, os árabe-israelenses passaram a ver Israel como uma variante da Palestina.
Ao perceberem esse artifício linguístico, obter a aceitação árabe de Israel já não era suficiente, os israelenses e seus amigos compreenderam que tinham que insistir na aceitação explícita dos árabes de Israel como estado judeu. Em 2007, o primeiro ministro israelense Ehud Olmert anunciou que, a menos que os palestinos reconheçam o Estado de Israel como estado judeu, a diplomacia seria interrompida: "Eu não pretendo ceder, de forma alguma, sobre a questão do estado judeu, enfatizou ele. A Autoridade Palestina rejeitou imediata e unanimemente a exigência. Seu líder, Mahmoud Abbas, respondeu: "Em Israel, há judeus e não judeus morando lá,. Isso estamos dispostos a reconhecer, nada mais".
Quando Benjamin Natanyahu substituiu Olmert, como primeiro ministro em 2009, reiterou essa exigência como precondição para a realização de negociações sérias: "Israel espera que os palestinos reconheçam primeiro Israel como estado judeu antes das conversações sobre dois estados para dois povos". O que não foi apenas rejeitado por completo pelos palestinos, eles ainda ridicularizaram a ideia em si. Abbas novamente: "O que é um estado judeu?' Nós o chamamos de "Estado de Israel". Vocês podem se autodenominar como quiserem. Mas eu não vou aceitar. ... Não é minha função ... apresentar uma definição para o estado e quem nele morar. Vocês podem se autodenominar de República Sionista, o Hebreu, o Nacional, a (República) Socialista, chamem-no do que vocês quiserem, não me importo".
Há seis semanas apenas, Abbas novamente desferiu violentas criticas ao conceito de estado judeu. A rejeição, pelos palestinos, da condição de estado judeu não poderia ser mais enfática. (Para obter mais detalhes sobre suas assertivas, consulte "Recognizing Israel as the Jewish State: Statements (Declarações: Reconhecimento de Israel como estado judeu" acesse DanielPipes.org.)
Desde 2008, políticos americanos, incluindo George W. Bush e Obama, se referiram a Israel como estado judeu, ainda que evitassem cuidadosamente exigir que os palestinos também o fizessem. Em uma típica declaração proferida em 2011, Obama delineou o derradeiro objetivo diplomático como "dois estados para dois povos: Israel como estado judeu e lar para o povo judeu e o Estado da Palestina como lar para o povo palestino".
Assim sendo, em seu discurso em Jerusalém na semana passada, Obama adotou repentina e inesperadamente a exigência israelense na íntegra: "Os palestinos devem reconhecer que Israel será o estado judeu".
Esta sentença trás uma inovação importante e não pode ser desfeita com facilidade. Ela também vai ao encontro da excelência política, pois sem esse reconhecimento, a aceitação palestina de Israel é vazia, indicando apenas que aceitam denominar o estado de "Israel" em vez de "Palestina".
Não foi a única guinada anunciada durante a viagem de Obama (a outra foi: dizer aos palestinos que não apresentem precondições para iniciarem as negociações), esta é de extrema importância porque contraria, de forma incisiva, o consenso palestino. Bardawil pode até assegurar exageradamente que isso "mostra que Obama deu as costas a todos os árabes" mas essas dez palavras, na realidade, demonstram a disposição de tratar do problema central do conflito. Elas provavelmente serão a sua contribuição mais importante, duradoura e construtiva quanto à diplomacia árabe-israelense.

Extraído do Site: http://pt.danielpipes.org/12690/obama-palestinos-aceitem-estado-judeu